RISCOS AOS TRABALHADORES - Engrenagens expostas e outras queixas da FRIBOI.

31/05/2015 12:21

Engrenagens expostas

por CARTA CAPITAL
 

Com três acidentes graves apenas neste ano, JBS Friboi é alvo de ações milionárias que denunciam falta de segurança para trabalhadores nos frigoríficos.

Na tarde de 22 de janeiro, William Garcia da Silva fazia faxina no setor mais sujo de sangue e vísceras da unidade de abate de bois do grupo JBS Friboi em Coxim, Mato Grosso do Sul. 

Ele e seus colegas já haviam avisado ao superior que faltavam grades para isolar componentes perigosos de uma máquina de moagem de ossos e chifres. Mas os alertas foram em vão. Quando se esticou para limpar as engrenagens da moedeira, William teve seu braço violentamente tragado pela máquina. 

Sozinho, ele reuniu forças para desprender o corpo do equipamento e correr até o departamento de Recursos Humanos à procura de ajuda. Não havia enfermeiro e nem ambulância de plantão. 

Por sorte, o encarregado do setor de abate ainda estava no local e conduziu – em seu carro particular – William até o hospital público, a trinta minutos do frigorífico.

Descaso total

A vida do trabalhador não vale nada

O estrago já estava feito: a rosca amputou seu braço acima do cotovelo e deixou “só o cotoco”, como ele descreve. “Se fosse mais tarde, eu teria morrido porque no final do dia só fica o pessoal da faxina, que não tem carro. Não daria tempo de uma ambulância chegar”, desabafa. 

William nunca recebeu treinamento para a função que exercia. Ele fazia bicos como jardineiro antes de ser contratado como auxiliar de produção na JBS. Em tese, sua missão diária era abastecer a máquina moedeira. 

Porém, com a demissão de alguns funcionários, foi escalado para fazer a faxina e a limpeza das máquinas, operação que exige cuidados específicos. Durante as duas semanas em que ficou internado no hospital, Williamrecebeu a visita de um administrador do frigorífico. 

Perguntado se a empresa já lhe propôs algum tipo de acordo, ele responde laconicamente:  “as coisas estão indo”. Logo depois confessa que prefere não falar sobre o assunto.

Aos 24 anos, afirma não estar abalado psicologicamente. Pai de uma menina de oito meses, lamenta apenas “não poder segurar e jogar o bebê para cima”.

Mediocridade corporativa

JBS, tão grande e tão pequena

O grave acidente que ceifou o braço de William não é um caso isolado nas plantas frigoríficas do grupo JBS, espalhadas por 14 estados do país. A ocorrência de falhas banais de segurança chama a atenção por se tratar da maior processadora de proteína animal do mundo. 

Turbinada por recursos de bancos públicos como o BNDES e a Caixa Econômica Federal, a JBS registrou receita líquida de R$ 120 bilhões em 2014

Nas últimas eleições, bateu o recorde de doações de campanha: R$ 366 milhões. Mas o dinheiro farto e os rígidos protocolos corporativos que levaram a JBS ao topo da cadeia alimentar mundial não parecem se refletir no chão de fábrica – principalmente, quando o assunto é saúde e segurança no trabalho.

 

Diariamente, funcionários da JBS driblam um variado mosaico de riscos. É esse o diagnóstico do Ministério Público do Trabalho, que move uma série de ações contra a empresa. 

Em janeiro, a unidade de São José dos Quatro Marcos, no Mato Grosso, entrou na mira por expor seus empregados a jornadas excessivas em ambientes insalubres – o contato prolongado com o sangue de um boi abatido, por exemplo, aumenta a chance de transmissão de doenças como a tuberculose

 

O órgão federal exige uma indenização por danos morais coletivos de R$ 10 milhões. No Rio Grande do Sul, máquinas que colocavam em risco a integridade física de funcionários foram interditadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego, em dezembro.

 

No Paraná, um vazamento de amônia que intoxicou 66 pessoas levou a planta de Santo Inácio a ser processada em R$ 16,8 milhões, em outubro do ano passado. 

Episódios como esses colocam em xeque o comprometimento da multinacional em garantir condições adequadas de saúde e segurança a seus empregados. Revelam ainda a distância entre a realidade do chão de fábrica e a exibida pela publicidade da empresa.

 

Nossas observações:

 
Não é de hoje que vemos a tão propalada FRIBOI nos holofotes do publico. Queixas as mais diversas já somam  1376 apenas no site do RECLAME AQUI.
 
Outras tantas, menos agradáveis de se ver, estão expostas no FACEBOOK com filmes publicados no  YOUTUBE que preferimos não mostrar aqui.
 
Essa denuncia, sob os acidentes da empresa, foi publicada pela CARTA CAPITAL, porém quando acionado seu link aparece como indisponível, por certo alguma liminar deve te-los obrigado a retirar a noticia do ar. Entretanto, essa informação já teria sido disseminada, distribuida para outros sites de informação como o NR 36.
 
Creio ser importante acompanharmos essas matérias... Trata-se de uma empresa que pretende ser a única e melhor carne do país e isso já está publico e notório que não é bem assim na realidade.
 

Abrafrigo critica campanha de mídia e marketing do frigorífico JBS

Postado há 2 anos

A campanha de mídia e marketing do frigorífico JBS, ora em exibição na mídia, olha apenas para os interesses comerciais da empresa, apresentando mensagens equivocadas e que prejudicam os mais de 200 frigoríficos em todo o país que também trabalham sob o regime do Serviço de Inspeção Federal (SIF), e que comercializam no mercado interno e exportam a carne bovina brasileira com o mesmo padrão de qualidade reconhecido mundialmente, graças ao trabalho realizado pelos fiscais do Ministério da Agricultura e Pecuária.

A afirmação é de nota distribuída pela Associação Brasileira de Frigoríficos, com críticas a ação publicitária promovida pelo JBS nos filmes mais recentes da segunda fase da campanha, por não considerar todos os aspectos envolvidos na produção da cadeia produtiva da carne bovina e por desmerecer o trabalho realizado pelo SIF em frigoríficos de todo o Brasil.

 
Todos queremos o melhor para nossa alimentação. Da mesma forma que acompanhamos as empresas e a forma como trabalham.
 

Eleições: JBS-Friboi doou R$ 10 milhões para Dilma

Publicado por Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário Federal do Estado de Mato Grosso(extraído pelo JusBrasil) - 4 anos atrás
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Felipe Recondo e Mariângela Gallucci

Brasília/AE

O grupo JBS-Friboi, que recebeu empréstimo de aproximadamente R$ 3,5 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES), foi o maior doador da campanha da petista Dilma Rousseff: R$ 10 milhões doados em seis repasses entre agosto e setembro para os comitês financeiros das campanhas da petista e do vice Michel Temer. Apesar do favoritismo e da vitória, a campanha do PT terminou as eleições com uma dívida de R$ 27,7 milhões. A estratégia oficial do BNDES era transformar os frigoríficos em gigantes mundiais. Os empréstimos, vistos com desconfiança pelo mercado, bancaram a aquisição de empresas estrangeiras pelos frigoríficos brasileiros. E o grupo JBS foi o principal destinatário dos recursos da instituição. Dados recentes apontavam que o Banco de Desenvolvimento tinha 21% do capital do JBS-Friboi.

Em 2010, Dilma já pré-candidata, a BNDESPar comprou 99,9% dos R$ 3,4 bilhões das debêntures colocadas à venda pelo JBS Friboi. 

Só o Grupo JBS Friboi embolsou R$ 7,5 bilhões do BNDES até 2007. Seu presidente, Joesley Batista, virou “lulista” de carteirinha, claro. Leia na Coluna Cláudio Humberto.

Extra, extra: dívida do JBS-Friboi com o Fisco estadual pode chegar a R$ 2 bilhões. Novo cálculo inclui o ICMS devido pelo Bertin

Goiás
 2 de maio de 2014

A nota com que o bilionário Júnior Friboi “saudou” a reportagem do jornal O Popular, sobre a dívida milionária do Grupo JBS-Friboi com o Fisco estadual, acabou possibilitando novas descobertas: o total de ICMS sonegado devido pelo Grupo não é de R$ 1,3 bilhão de reais, mas está hoje em torno de R$ 2 bilhões de reais.

Júnior, na sua nota, disse que grande parte da dívida do JBS-Friboi seria consequência da absorção do Grupo Bertin, também da área de carnes, que levou um passivo em ICMS atrasado para os seus novos proprietários.

É verdade. Mas não como o bilionário descreveu. Os R$ 1,3 bilhão mencionados por O Popular como devidos pelo JBS-Friboi não incluem os débitos tributários do Grupo Bertin – que, com a sua incorporação, passaram a ser também de responsabilidade do JBS-Friboi.

O assunto foi tema de conversa, na manhã desta sexta-feira, entre fiscais de renda que atuaram em inspeções nas operações de comércio de exterior de carne, em frigoríficos instalados em Goiás, e conhecem o assunto a fundo. A nota de Júnior Friboi acabou chamando a atenção para o valor correto da dívida: R$ 2 bilhões e não “apenas” R$ 1,3 bilhão.

Pois é Dilma foi reeleita.... de quanto será essa dívida hoje?? Será que ela ainda existe???

 

 

22/01/2015

 de R$ 1,3 bilhão foi paga no final de 2014 com  de do . Pagamento à vista de R$ 170 milhões e parcelamento de R$ 150 milhões pôs fim em  de 

Hélmiton Prateado,Especial para Economia

O grupo Friboi S/A, braço operacional da holding JBS que é o maior fornecedor de proteína animal do mundo, conseguiu pagar no final de 2014 uma dívida histórica que beirava R$ 1,3 bilhão que o grupo tinha com a fazenda estadual relativo a ICMS, com multas, juros e correção monetária. O pagamento ocorreu após o governo do Estado publicar uma alteração no Programa de Incentivo à Regularização Fiscal de Empresas no Estado de Goiás (Regulariza).

A dívida tributária do Friboi se arrastava há alguns anos e era relativa a não recolhimento de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) constante de autos de notificação feitos pela fiscalização, além de multas, juros e correção monetária. Não bastasse a cobrança dos tributos não pagos pesava contra os administradores do Friboi acusação de crime tributário e sonegação.

O que esperamos, não apenas da FRIBOI, mas de todas as empresas brasileiras é seriedade e qualidade além de competencia.

Continuamos torcendo pelos brasileiros.