O COMBATE AO RACISMO E MONTEIRO LOBATO

13/10/2016 12:02

Atirei um pau no gato é imoral. Falar do bolo NEGA MALUCA então... é crime... O que dizer acerca da obra de Monteiro Lobato O Sitio do Pica Pau amarelo.

Amigos

Não tenho formação jornalística nem sou membro de nenhuma comissão expoente da política nacional, porém gostaria de expor minha opinião acerca da matéria

COMBATE AO RACISMO E MONTEIRO LOBATO.

Confesso que estou preocupado, e como eu outros tantos brasileiros, acerca dos rumos que a nação tem dado a discriminação racial no pais.

Preocupado porque está se espalhando por outras etnias que não apenas a racial, como já podemos perceber pela própria mídia, problemas ocorrendo com a comunidade gay, religiosa e outras de uma forma geral. 

Enquanto deveríamos continuar a fortalecer nosso maior patrimônio A PAZ social e a convivência plena entre as pessoas, estamos vivenciando mudanças patrocinadas pelo próprio estado e permitindo que se alastre perigosamente por segmentos que, até então, não representavam discrepâncias, com introdução de leis e normas voltadas para a reparação racial ou discriminatória.

Entendo que estas exceções, se não reduzidas a termo e rápido, podem levar outros segmentos a radicalização não apenas racial, como já experimentamos, mas também de cunho religioso e étnico – neste caso vale destacar que povos que lutam entre si em seus países de origem têm convivência pacifica aqui, porém com a passividade ou a conivência governamental começam a permitir as diferenças explicitas colocando a população uns contra os outros em face exatamente dessas diferenças, inexplicáveis e inconcebíveis em nosso pais, tradicionalmente pacifico e livre dessas excrescências.

Primeiro foram as cotas, agora Monteiro Lobato em breve outras tantas publicações de grandes escritores brasileiros, que viveram em épocas outras que não hoje, vão começar a ser questionadas por conta de suas condutas do passado. 

Apenas porque Monteiro Lobato descrevia as coisas como elas são. E o intitulam agora como discricionário e racista. Frases como essas, escritas em um livro dedicado a Tia Anastacia, a empregada negra do sitio, - desacatos da Emília (boneca de pano que tem vida) com a empregada, segue um exemplo:

“Parecem-me muito grosseiras e até bárbaras - coisa mesmo de negra beiçuda, como Tia Nastácia. Não gosto, não gosto, e não gosto!” 

É tão estapafúrdia essa discussão que transcende a compreensão e sequer a análise por tribunais e cortes que nem mesmo recebê-las deveriam. 

Diferenças sempre existirão e cabe ao povo conviver com elas. Todos Os excessos devem ser contidos pela maquina publica mas nunca criar instrumentos que sublevem a paz e causem constrangimento oficial a quem quer que seja. 

Assim é com as cotas, quem nos pode garantir uma avaliação qualitativa daqueles beneficiados unicamente por se valerem desses instrumentos de exceção?. Estamos vivenciando atitudes muito próximas daquelas patrocinadas pela época dos tempos dos governos militares que empurravam goela abaixo dos cidadãos instrumentos coercitivos não permitindo que a sociedade se manifestasse sobre os mais importantes assuntos de seu interesse, mas que colocavam pessoas contra pessoas por conta de patrocínios desvairados.
Creio que seria importante destacar um comentário que ouvi ainda esta semana e que representa bem a lógica do povo brasileiro. Trata-se de pessoas conversando sobre votar e o destaque que há bem poucos anos atrás o povo não podia fazê-lo, o comentário torna-se inusitado pela resposta no decorrer da conversa; - é verdade antes não podíamos votar, hoje somos obrigados a isso.... 

Quer dizer, continuam nos impondo da mesma forma como estamos acompanhando pelos fatos destacados.

Demoramos um tempo enorme para sermos reconhecidos internacionalmente como a terra próspera para qualquer povo. Temos a maior colônia italiana, a maior japonesa e outras tantas “MAIOR QUE” e agora começaremos a ser reconhecidos como a terra das exceções.

Lamentável, mas uma realidade.