É MUITO DIFÍCIL SER “DIFERENTE” DE SEU PRÓPRIO SEXO?

06/11/2017 00:38

Muitas pessoas ainda não entendem esse processo. 

 

Muitas pessoas nem mesmo conseguem avaliar as diferenças e porque ocorrem.

Em verdade, essa situação não é de hoje.

Neste artigo, procurei desenvolver e destacar opiniões de quem vive cotidianamente essa situação.

Da mesma forma que não procurei nem apoiar nem deixar de dar apoio a qualquer tipo de causa defendida por entidades ou grupos.

Unicamente procurei demonstrar como convivem e como se sentem aqueles que são considerados “diferentes” e seu ponto de vista, seus olhares críticos e sua forma de ver e conviver com isso.

Na entrevista a seguir, conversaremos com alguem que se sente diferente e assumiu suas diferenças.que se predispos a falar abertamente sobre o que sente e sua nuance numa tentativa de esclarecer um pouco mais tais diferenças.

Entrevistado: Aguinaldo (sexo masculino - nome fictício)

PERGUNTAS:

1-Desde quando você sentiu que havia algo de anormal?

R: Bom, não considero minha opção sexual como uma anomalia então nunca senti nada de anormal nesse quesito.

2-Você já se relacionou com o sexo oposto? Se sim, não foi feliz?

R: Sim, meu primeiro namoro foi uma garota e durou dois anos, não tenho do que reclamar da experiência

3-Quando resolveu definitivamente assumir suas diferenças?

R: Esse tipo de processo não acontece de um dia para o outro, antes de entender o que estava acontecendo eu já sentia atração pelo mesmo sexo e queria usufruir dos meus desejos antes de ter certeza do que queria. Simplesmente foi um processo difícil, de auto aceitação e amor próprio, que me deu forças para ser quem eu realmente sou hoje sem pestanejar, sem arrependimentos.

4-Qual a reação de amigos e familiares?

R: No momento em que me assumi apenas para os meus pais e uma prima da famíli,a que me acataram, me aceitaram com muito respeito e amor. Meus amigos já desconfiavam do fato então não houve algum tipo de mudança na forma como me trataram, e tive mais liberdade de conversar mais intimamente com eles.

5-Como é se sentir diferente?

R: No ambiente que eu convivo ser diferente é ser igual é ser divertido ao mesmo tempo, não me imagino sendo diferente do que sou e tenho muitas pessoas que gostam de interagir comigo, tanto no ambiente acadêmico/profissional/social ou familiar.

6-Em seu meio o que mais lhe agrada?

R: O que mais me agrada é a forma como lidamos com o preconceito de hoje em dia, antigamente nos sentíamos mais reprimidos e com medo, o que mudou bastante nos tempos atuais. Também gosto da diversão, das gírias, da cultura LGBT em si.

7-Na mesma linha, o que mais te desagrada?

R: Uma coisa que me desagrada atualmente seria a falta de interesse que gira em torno desse meio, entre os chamados diferentes. Muito raro existir relacionamentos sérios, verdadeiros e duradouros por ai.

8-Como você lida com os preconceitos?

Em um ambiente preconceituoso eu apenas ignoro porque tenho plena consciência de que minha opção sexual não quer dizer que eu esteja abaixo da população heterossexual, muito pelo contrário.

9-Em qual momento você se sentiu mais ameaçado por suas escolhas?

R: . Nunca me senti ameaçado.

10-Você se arrepende de ser diferente? 

R: Não me arrependo, mesmo não sendo uma escolha fácil ser assim, eu aceito e abraço e amo quem e como eu sou.

 

Nota de agradecimento de Aguinaldo:

Gostaria de agradecer a oportunidade de compartilhar um pouco da minha história de tantas historias de vida do mundo LGBT, é muito importante que as pessoas tenham consciência do que se passa na vida de alguém que é sim diferente e precisa se sentir incluído de alguma forma

Espero que esse pouco que compartilhei fique guardado no coração dos leitores, e obrigado ao Blog por abrir essa porta para mim!

Portanto, a partir desse depoimento, entendo que a visão distorcida de excessos de alguns ou de retrocesso de outros deve ser revista para que se possa formar apenas uma só reação uma só nação, independente das escolhas ou da aceitação de quem quer seja.

Todo excesso, seja de casais héteros ou não, deve ser coibida.

Porém continuamos evoluindo e essa evolução nos leva a aceitação.

Em verdade o que temos visto é a degradação das pessoas enquanto pertencentes ao mesmo sexo. Mulheres não conseguem ver nos homens seus parceiros por conta de suas atitudes ou mesmo dificuldade de amadurecimento e vice e versa. 

Nessa mesma linha, mulheres estão encontrando em outras mulheres aquilo que não encontram nos homens.  

Da mesma forma que os homens estão buscando em outros homens personalidades semelhantes e mesmos interesses.

A vida está em constante evolução.

Apenas o futuro nos dirá onde chegaremos, e se chegaremos, com a diminuição cada vez maior de casais héteros e quantidade cada vez  menor de filhos. 

Temos de levar em cosnideração nessa análise a propria degradação da familia e do abandono de crianças.