A SEPARAÇÃO DO REINO UNIDO (BREXIT) E A CISÃO BRASILEIRA

24/06/2016 17:24

A SEPARAÇÃO E A CISÃO DOS BRASIS

 

Temos acompanhado pelas noticias o referendo inglês no qual foi solicitado a todos que demonstrassem, em voto, se a Reino Unido devia ou não continuar fazendo parte da União Europeia.

Após os britânicos decidirem, em plebiscito, sair da União Europeia, o primeiro-ministro David Cameron afirmou que o Reino Unido "deve buscar um novo primeiro-ministro" e anunciou que vai renunciar ao cargo, em pronunciamento nesta sexta-feira (24) em frente ao número 10 de Downing Street, residência oficial do premiê britânico. Ele deve deixar o cargo em outubro.

 

 VITÓRIA DA BREXIT

 

Foi o próprio Cameron que propôs a realização do referendo – ele havia prometido convocar a consulta popular se vencesse com maioria as eleições gerais de 2015.

No entanto, o primeiro-ministro era favorável à permanência no bloco.

"Os britânicos votaram pela saída e sua vontade deve ser respeitada. A vontade dos britânicos deve ser seguida", afirmou Cameron sobre a "Brexit", que é a junção das palavras em inglês "Britain" (Grã-Bretanha) e "exit" (saída)".

O premiê ponderou que o país precisa de uma nova liderança para levar adiante a decisão do referendo. "A negociação deve começar com um novo primeiro-ministro", disse.

A vitória do "Brexit" derrubou também as Bolsas na Ásia e os mercados futuros da Europa e dos Estados Unidos antes mesmo do resultado oficial ser divulgado. A libra esterlina, moeda do Reino Unido, despencou e atingiu o menor valor frente ao dólar em 31 anos, chegando a US$ 1,32.

"Agora que a decisão foi tomada, precisamos encontrar o melhor caminho. Farei o que for preciso para ajudar", afirmou Cameron. "Eu amo esse país e me sinto honrado de ter servido a ele." O premiê foi ao Palácio de Buckingham para comunicar pessoalmente à rainha Elizabeth II sua intenção de renunciar em outubro.

Quer dizer que, em verdade, a Reino Unido não quer mais “carregar” nas países que fazem parte do bloco mas que não dão lucro algum e que não conseguem se estabilizar no mercado sempre necessitando de aportes de receita para sua sustentabilidade.

Os britânicos entenderam que devem voltar a ter resguardadas suas próprias necessidades em detrimento do que vinha acontecendo.

Da mesma forma as ingerências internas que a União Europeia exercia, ou tentava exercer, no país.

É a vontade popular, de fato, sendo respeitada, e assim é que tem de ser.

 

Temos situação bem semelhante acontecendo em nosso país, com a crescente demanda dos Estados do Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) e de São Paulo em que estão se organizando para tentarem se separar e criar seus próprios países.

E porque isso vem ocorrendo?

Em verdade seria por conta de maior autonomia e considerarem que estes estados estão mantendo financeiramente os estados do norte e nordeste e que todo o trabalho realizado por São Paulo, além daqueles do sul, está sendo canalizado para a corrupção desenfreada além da manutenção dos prejuízos gerados por essas outras regiões.

Essa situação se assemelha muito a condição do Reino Unido e lá o povo decidiu pela separação.

No Brasil, no entanto, caso acontecesse esse desmembramento, colocaria em risco de colapso parte expressiva do país que hoje necessita de suporte para se manterem.

A falta de investimentos nesses estados, notadamente Amazonas, por exemplo, deixaria vulnerável parte do território nacional a uma invasão de países estrangeiros em busca das riquezas que o país não explora.

A cessão de grande quantidade de terras a índios favoreceu e estimula essas invasões com índios brasileiros negociando direto com outros países recursos de toda sorte existentes na região.

Por outro lado, conforme a Constituição Federal de 1988, separar um Estado da Federação seria uma afronta e em face dela isso nunca iria acontecer... Nem mesmo através de emenda constitucional.

Lei 7170/73 - Crimes Contra a Segurança Nacional

https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7170.htm

Art. 1º - Esta Lei prevê os crimes que lesam ou expõem a perigo de lesão:

I - a integridade territorial e a soberania nacional;

Il - o regime representativo e democrático, a Federação e o Estado de Direito;

 

Sendo assim, o que nos resta é acompanhar e ver até onde vão esses projetos, nascidos de uma falta de governança que desnudou o país e demonstrou que a centralização dos estados na federação, além dos processos políticos degenerados e corruptos, deixa a indignação popular tomar rumos para decidir e não esperar mais que o governo federal encontre caminhos que unam a nação e voltemos a pensar como um Brasil só.